domingo, 23 de outubro de 2011
E nos meus pensamentos ...
Eu não sabia tirar os olhos dele, era quase impossível. Quando eu passava ao seu lado, o cheiro do perfume e do banho era facilmente notável, até mesmo de longe. Não era preciso que ele chegasse muito perto e bastava ele se aproximar mais um pouco para que meus braços implorassem pelo abraço. E aquele sorriso, que a gente nunca esquece, que a deixa com cara de idiota. Também não achei que, um dia, me sentiria tão patética por alguém. Eu ainda queria ele. Tinha dias que não sabia o que estava sentindo mais, dias em que tentava me desvendar o tempo inteiro e não achava resposta. Mas outros dias, a maior parte, estava estampado na minha testa que eu o amava com todas as forças que existiam no meu corpo. E eu me odiava por isso, por amar tanto alguém e querer tanto agradá-lo.
sábado, 1 de outubro de 2011
Sabe essa garota que tá dançando lá na pista e você tá babando por ela, amigo? Minha ex namorada. Faz uns três meses que eu terminei com ela. Eu a traí todos os dias. E quando ela dizia que me amava eu ria. Sabe essas roupas coladas e esse cabelo pro lado que ela tá usando aí? Ela costumava usar uma camiseta rosa e um shorts, com o cabelo preso pra trás. Mas ela não conseguia ficar feia, eu só não sei porque nunca a disse isso. Ela era louca por mim. Me mandava mensagem de bom dia, depois me lembrava de amarrar os cadarços que eu sempre esquecia, colocava sempre na minha agenda os horários do meu dentista e sabe como eu retribuía? Vinha aqui zoar com meus amigos e ficar com umas que passassem de cabelo pro lado e roupa colada, assim, como ela tá hoje. Ela cuidava de mim todo fim da noite, mesmo que eu passasse o dia inteiro ignorando ela… Ela ainda ia lá, dizer que os anjos dela iam cuidar de mim. Era a garota mais grudenta, ciumenta, complicada e estranha que eu já tinha conhecido. Eu gostava mesmo era dessas aí, de ficar uma noite e me darem o telefone errado. Aí eu terminei com ela. Falei que ela era trouxa e burra por acreditar em mim. Dois dias depois, eu vi uma foto dela e chorei. Três dias depois, eu liguei pro celular dela e ela não atendeu. Quatro dias depois, eu fui na casa dela e ela disse que tava ocupada pra falar comigo. Cinto dias depois, eu não tive vontade de sair. No sexto, sétimo e no resto dos meses eu sentia falta dela todos os dias. Até que me puxaram pra uma balada, a mesma que eu ia pra ficar com essas meninas que não querem saber de mais nada a não ser delas mesmas e a encontrei aqui. Linda. Os olhos delas brilhavam. Eu fui falar com ela e ela ficou comigo. Achei que, dessa vez, eu podia tê-la nas mãos de novo, mas dessa vez, pra valorizá-la. Pedi seu número do celular novo e ela me deu. Liguei no dia seguinte e a moça da padaria atendeu: Número errado. Chorei. De saudade. Arrependimento. Receio. E de saber que a garota que eu ria, se tornou na garota que ria de mim. Pior, a garota que era minha, agora tinha um tanto de caras querendo ser dela e ela querendo aproveitar o tempo que perdeu. Eu fiz a garota dos meus sonhos ser o sonho de todos os garotos por aí. Eu a perdi. E sabe o que ela me falou no começo da festa? Que ela não era trouxa e nem burra de acreditar no amor que eu dizia sentir por ela. E sabe o que dói? Vê-lá dançando, rindo e não se preocupou em nenhum momento em olhar pra cá, me ver babando por ela e chorando por nunca ter percebido o quanto ela era importante pra mim, antes.
Assinar:
Postagens (Atom)